Clarice... Nada além de Clarice!


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...”

Nascida na Ucrânia e trazida ao Brasil com apenas dois meses de idade pelos pais, Clarice e a família Lispector fugiam da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil na Rússia (1918-1921), desembarcando em Maceió. Ao chegar no Brasil, quase toda a família trocou o verdadeiro nome por nomes locais, adotando o nome de Clarice à criança nascida Haia.
Clarice foi casada, foi mãe, foi uma das poucas, se não a única mulher a se formar como advogada na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, foi escritora, foi e continuará sendo um exemplo.
Desde criança, seus textos não eram aceitos devido o fato de não terem começo/meio/fim, ao contrário, somente impressões e sentimentos.
Tais traços são o que definiriam a sua obra posteriormente: uma escrita fortemente sentimentalista, introspectiva e o despezo à ordem cronológica de acontecimento dos fatos narrados.
Isto é Clarice!
Não leia Clarice buscando finais felizes, ou mesmo buscando finais. Leia Clarice aproveitando a leitura. Leia Clarice para levantar dúvidas, e quem sabe, encontrar algumas respostas.
Leia Clarice para encontrar a si mesmo!
Não importa com e acima de tudo, leia Clarice!


Texto por: Doug.

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